Menina dos olhos tristes. Pés descalços na areia. Rosto lânguido. Vestidinho encarnado, velhinho, velhinho... Cabelos emaranhados. Doce como toda criança. Não tinha bonecas ou laços de fita. Nem lápis coloridos. A barriga dóia de fome. Nada queria além de amor. E o amor era poder ser criança. Não entendia os motivos. Ela sentava no chão e quietinha pensava em como tudo poderia ser difente. Ela tinha o dom de voar. Voava como passarinho. Era do vento. Pousava a cabeça nas nuvens e sonhava. Voava para bem longe dali. Da pobreza. E pousava no colo da esperança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário