quarta-feira, 24 de julho de 2013

Para mim, ter classe é ser de todas as classes. Bonito mesmo é o simples, palpável, atitudes com educação mas sem frescura ou distinção de seja lá o que for. Aos bossais de plantão um informe: pompa saiu de moda desde o reinado de Luís XV.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Esperando respostas

Dizem que para quem sabe esperar, tudo vem a tempo. Sei que espero que o tempo voe.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vou ali ser feliz...

Virar pelo avesso. Bagunçar espaços e arrumar tantos outros. Transgredir. Desrespeitar regras sociais. Violar segredos. Sair do lugar comum. E depois de tudo, mudar para melhor.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Plano Z

Considerando a opção de virar hippie, viver sem compromisso, trânsito caótico ou contas para pagar, empreender fazendo pulseirinha tendo fé em Jah que tudo vai dar certo. Ironias à parte, melhor pensar num plano B, ou melhor Z.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Posso falar?

Cada vez que você precisa se explicar por algo que você pensa ou acredita, morre um pouco do respeito a opinião/escolha alheia na sociedade. E assim caminha a humanidade...

domingo, 11 de novembro de 2012

Caminhando e cantando

Ela procurava um caminho. Existem vários caminhos que nos levam a muitos lugares. Um dia, ela escolheu esse caminho e passou a procurá-lo mesmo sem saber os melhores atalhos de como chegar. Afinal, ninguém deixou migalhas de pão como na estorinha do João e Maria. Ela não sabia nada do caminho, nem se ele ia dar certo e nem a quem perguntar ou pedir ajuda, só sabia que queria chegar. De olhos vendados – passos medrosos e lentos – seguia sem deixar de acreditar que aquele era sim o melhor caminho, apenas misterioso, infame, e que cismava em não desvelar-se. Mas, um dia ela chega e mesmo exausta do percurso vai tomar uma dose de cuba libre e comemorar.

(Texto reformulado com o tempo, que passa e vai mudando a gente)



Nasci na época errada

Bar Savoy

"São trinta copos de chopp, 

são trinta homens sentados, 
trezentos desejos presos, 
trinta mil sonhos frustrados"

Poema de Carlos Pena Filho (1929-1960)

Dinheiro extra


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Religare com o divino, processo de auto-resgate com o pai que independe de religião para acontecer. Desvencilhar-me dos ganchos, desatar os nós, descongelar as palavras, derreter os sentimentos e as dores que só uma intimidade com ele pode fazer. Por isso, ninguém me converte a nada, me faz acreditar no inacreditável e em dogmas que reprimem, a minha religião é Deus. E só ele e eu decidimos qual o caminho que eu vou seguir. Equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Fé, esperança e caridade. Uma energia inexplicável.

sábado, 1 de setembro de 2012

12.045 dias

Hoje é o aniversário dos meus dias. Dizem que eu fui uma criança tímida que tinha amigos imaginários, mas pouco me lembro. A verdade é que eu nasci velha, com pensamentos e desejos antigos. Cresci um pouco e quando me senti com certa independência queria desbravar o mundo, deixando para trás as nuances da antiga timidez. Conheci o carnaval, a cerveja e muitos amigos. Lembro-me do meu olhar sem preconceito de ver as coisas e da cabeça cheia de perguntas sem respostas. Colecionei problemas com minha mãe, amores, dietas e dúvidas – todos de uma só vez. Aprendi que não podemos ser bobos, que pequenas maldades são necessárias para sobreviver. Descobri que na vida de adulto é preciso fazer muitas coisas sem ter prazer. Reforcei com os anos a certeza que não somos melhores que ninguém. Aprendi a duras penas que o amor não tem nada a ver com a paixão avassaladora dos filmes de comédia romântica americanos. Finalmente assumi que adoro ganhar dinheiro e não tem nada de politicamente incorreto nisso. Casei com o homem da minha vida e não tem nada de piegas no amor. Engordei e vi que a verdade é que o tempo passa e as gordurinhas saltam sem pedir licença – é o que dá exercitar só a cabeça. Sou o que eu sou e não tenho medo de ser julgada. Eu me tornei uma boa profissional e eu quero mais. Mudei os planos de viver aventuras viajando o mundo por uma casa, um marido e o sonho de ter um filho. Descobri a caridade e o prazer de fazer o bem ao outro. Tenho princípios antigos e desejos novos. É, nasci velha e a cada aniversário remoço um pouco por dentro. Sou uma mulher, mas ainda me sinto por dentro uma menina cheia de sonhos. Sim, o tempo dá sempre um jeito de brotar pelo meu corpo – e eu o abrigo de maneira afável, porque só tem me feito bem. Tenho saúde e a oportunidade de escolher que caminho devo seguir. Prefiro sorrir todo santo dia e viver sem planos a longo prazo. Eu invento soluções para tudo, eu estou aqui, eu respiro e isso é uma oportunidade que não abro mão de agarrar. São 33 anos, 12.045 dias de aprendizado, resiliência e de alegria. Feliz aniversário para mim.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Pega a doida!

Prefiro sempre a verdade que mentiras para agradar, gente de carne e osso e palavras da boca para dentro. Nada me incomoda mais que melindres. Apesar disso muitas vezes as palavras cansam e quando entram por um ouvido e saem por outro, calar trás mais sossego. Ando aprendendo sem sofrer a perder coisas e pessoas e ganhar paz. E que distância nem sempre significa tristeza. Venho aprendendo à duras penas que nada é melhor que a leveza, por isso estou descarregando de mim o mundo e juro não olhar para trás, nem voltar para buscar as tralhas. Mas o que fazer com a saudade? Sim, saudade do que maltrata. Nada mais paradoxo que o sadomasoquismo.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cura

Eu tenho mania de acreditar que tudo dá certo no final. Triste de quem premedita tristezas e aniquila a possibilidade de qualquer "the end". O pessimismo só pode ser uma doença da alma, espero que inventem o antídoto para curar quem faz da vida um fardo.

sábado, 26 de maio de 2012

Espera

E não era a hora certa? Era, era, a hora de andar por aí a sorrir feita tonta, inundada de coisas bonitas, grandes, sem lembrar de (mais) nada para dizer a não ser sonhar. Perdi a hora. O relógio atrasou. Corri, mas não deu tempo. Fica para depois. Quem sabe um dia.

sábado, 28 de abril de 2012

Leve

Alma impenetravelmente e inexpugnavelmente tranquila. Lavada e estampada com multicores. Pesa como pluma, cheira a terra molhada em dia de chuva fina. Sabor de jantar a luz de velas, beijo a meia luz. Limpa, translúcida e irremediável. Minh'alma tem um passo em mim, outro no mundo.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Parte de um poema triste

Se esta é a "parte que me cabe neste latifúndio", que não seja a "cova" onde eu enterre meus princípios e nem a "conta menor que tiraste em vida", passando por cima de mim. Um trago de tristeza, antes velada, hoje morta e exposta aos urubus.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Despejo de amor

Agradeço a vida por me presentear com a presença dele. Pelo amor concedido. Pelo bem desmedido. Pelo olhar de amor. Por esquecer de si para inventar meus desejos. Por ser imprudente, quando me mima. Por se prender querendo me prender. Por ser o companheiro que fica depois da ressaca. Por me transbordar em palavras bonitas e tantas outras vezes, impuras. Por me seduzir, cutucar, rir de mim e encher meu saco. Por ser organizado e desavergonhado. Por sua incompetência natural em me dizer não. Por me cobrar amor dobrado. Por ser por fora duro e por dentro uma geléia. Por esquecer os copos por onde passa, mas lavar os pratos como ninguém. Por fazer tudo para me agradar e tantas outras coisas para desagradar. Por não ter paciência quando estou me arrumando. Por nunca me ferir, mesmo nas piores brigas. Por me dizer "eu te amo"e fazer ataque de beijos antes de dormir. Por errar e insistir no erro, mas depois pedir desculpas com humildade. Por sempre me dizer a verdade, sempre. Por ser meu amigo e confidente. Por dizer que me ama 33 % a mais do que eu o amo, mesmo sabendo que é uma mentira deslavada. Por escutar meus conselhos. Por ser tudo que eu sempre quis num homem. Por ser o meu marido, meu amor. Agradeço a vida por me presentear com a presença dele.

Trabalhando em mim

Por fora, já desisti faz tempo. Por dentro, descobrindo a melhor forma de recomeçar e reaprender a ser tudo que me esforcei tanto para me tornar. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Cabe reconstruir quantas vezes for necessária a mesma história numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo do caminho que vinha seguindo e apesar dos percalços dessa decisão, eu me "atiro a rosa do sonho nas tuas mãos distraídas", vida.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Maternidade

Preciso urgentemente realizar um sonho. Mas, quando urgente mesmo é esperar a hora certa? Olhos baixos, novamente boto o velho sonho na mochila e me pergunto quanto tempo vai levar para realizá-lo. Não quero fazer de mim um sonho para realizar, mas a vida tem um grande senso de humor e brinca com as escolhas. Sensatez de esperar a hora certa, mesmo quando nem se sabe ao menos qual é essa hora.  Tudo bem, vou tentar não fazer desse sonho simples um estandarte onde acenem esperanças de melhores tempos. Projetos primeiro, sonhos depois, é assim que deve ser. Ou pelo menos, é assim que tem que ser. Por enquanto, sem uma grande barriga e roupas míudas, viu mocinha?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Indigesto

Engolir sapos literalmente não é meu prato preferido. Mesmo educada e muitas vezes contida, digo o que penso, melhor assim. As vezes por falta de opção no cardápio, tenho que engolir sapos e de sobremesa as palavras, afinal, nem sempre dá para fazer ou engolir tudo que se quer, na vida ou no brejo é assim. Mas, pior do que engolir sapos deve ser mascar barata, e mesmo assim na China o povo come...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Escrever, prazer em oito letras

Escrever sobre amor. Desamor. Política. Bomba atômica. Sexo das formigas. Sobre mim mesma. Escrever sobre Musica. Sol e mar. Cerveja gelada. Letras garrafais. Mentiras sinceras. Escrever de trás para frente. Deitada. Em pe. Na fila do banco. Sonhar. Falar. Comer escrevendo. Escrever errado. Escrever certo em linhas tortas. Escrever banalidades. Paginas. Bilhetes. Cartas de amor.  Poemas que não rimam. Ou escrever em 140 caracteres. Montar palavras. Escrever discursos. Riscar o que escreveu. Escrever pouco e dizer muito. Palavra falada que vem da escrita. Palavra embriagada. Palavra escrita e vivida. Palavra escrita que cala a boca. Palavras que comem pontos, chupam vírgulas e cospem a escrita.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Color block

Percebi a duras penas que a vida não combina com paixões, dramas, apegos, obsessões, vaidade ou medos. Prefiro combinar Bossa Nova com Baião, encontros inesperados, cores fora de moda e o treino de sorrisos sincronizados.

[A vida combina com o inusitado. E nada é mais inusitado que a felicidade]

domingo, 4 de dezembro de 2011

Devolva-me

Quando me casei começei emprestando o corpo. Depois os chinelos, os livros e o shampoo. Até que me emprestei por inteiro e não me devolveram.

Loquaz

Eu falo demais, mas guardo repulsas em segredo. Guardo a sete chaves com cadeados. Gasto todas as minhas mentiras fingindo para não magoar. Repulsas são tão arrogantes que não aceitam que saibam sequer que elas existem. Nessa horas me fecho, me calo.

Roubo a mão armada

A expectativa, no meu olhar, por si só é uma utopia. Ela é uma loba em pele de cordeiro e tenta de todas as maneiras me roubar o direito ao desatino, a ansiedade. Seria mais fácil abandonar essa louca da expectativa e convidar o inesperado, mas nem sempre ele, bossal por natureza, aceita o convite. Polícia, protega-me dos meus próprios sentimentos!

Tempo, mano velho

Cansei de datar as lembranças e guardar as risadas histéricas de amigas reunidas, quero tempo. A vida passa, muda e aquele velho "a gente se encontra" nunca acontece e o que se adia não será cumprido depois por falta de tempo. É preciso transformar o meu desejo no próprio tempo, como um relógio em que os ponteiros se cruzam em algum momento. Sim, temos o direito de fazer promessas que nunca serão cumpridas. Tempo que nem sempre conseguimos ter mesmo quando se elege prioridades. É, mas não há graça nenhuma em falar somente aquilo que se pode fazer. É, não tenho tempo mesmo de encontrar ninguém. Tempo de contradição. Qual o antídoto para a falta de tempo em que 24h não dão pra nada, nem para pensar em tentar ter tempo?

domingo, 23 de outubro de 2011

Carnaval fora de época


Os meus dias ao seu lado são felizes como Olinda no carnaval ao som de vassourinhas.

Eu mereço?

A nossa sociedade contemporânea é uma permanente guerra do ter/ser. Prefiro andar na contramão dessa realidade. Chegue prosperidade, mas chegue em paz. E por merecimento.

domingo, 9 de outubro de 2011

Voltando...

Depois de uma avalanche que foi montar uma casa, dividir apartamento [e o cotidiano] e fazer uma 'festa' para comemorar o casamento [sem cerimonial, decorador, sem grana e etc.], criando coragem para reorganizar as coisas, desarrumar a mala, arrumar a casa, retomar projetos, voltar minhas aulas de italiano, a dieta e os exercícios [e finalmente emagrecer], atualizar minhas palavras aqui no meu blog pessoal, planejar o reveillon em Pipa [acampando] e a viagem [mochilagem] para Argentina com os amigos, ler os vários livros encalhados na estante que comprei e não li, juntar dinheiro, voltar as atividades do projeto social, planejar um filho para o ano que vem...e voltar a ter um tempinho sobrando. E agora, curtir.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Dor

Dói em mim uma dor que não é minha. Dói aqui e ali. Dói ver tanta gente sofrer. Dói ver crianças com fome. Dói ver quem já viveu tanto sozinho. Dói a fome. Dói o desamor. Dói os olhos tristes. Dói os falsos sorrisos. Dói o lixo nas ruas. Dói ver gente transformada em lixo. Dói o desprezo. Dói as lágrimas. Dói as verdades absolutas. Dói os falsos profetas. Dói as feridas. Dói os políticos corruptos. Dói a miséria. Dói o apego aos bens materiais. Dói a memória curta. Dói o frio. Dói o desalento. Dói uma dor que é minha sim. Dói não poder fazer muito. Dói a consciência. Dói a cabeça. Dói por fora e por dentro. Dói que rasga. Dói sentir-me limitada. Estagnada. Dói tanto que de repente um vazio.