quinta-feira, 22 de abril de 2010

É tanto querer...

Quero doses cavalares de entendendimento. A paciência que eu ainda não consegui ter embalada à vácuo. Ar puro e o cheiro de terra molhada em cápsulas para tomar diariamente e em jejum. Inteligência emocional sabor extra forte. Amor em litros e dinheiro em penca. Quero a leveza do corpo e da alma como uma pena que flutua suavemente pelo ar. O som das palavras amigas em notas musicais. Ansiedade em conta-gotas. Cerveja estupidamente gelada com risadas de tira-gosto. Quero um chocolate sem amargura. Os momentos felizes congelados dentro da geladeira. Ter pele de pêssego. Jogar no lixo o medo e insegurança que já estão com prazo de validade vencidos. Sentir o doce sabor da vitória. Cuspir fora o pessimismo que já está estragado. Quero ver o mar através do óculos escuros Ray Ban. Pisar na grama cor de grana. Ler o livro da minha vida.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Lá vai a burrice

A falta de atenção e a preguiça de pensar me aborrecem profundamente. Isso chama-se burrice. Não a pejorativa. E sim a verdadeira burrice, aquela de quem tem oportunidade de aprender e não se interessa. Aquela que você precisa dizer cinco, dez, mil vezes e a pessoa teima em repetir os erros. Ou nem liga, entra por um ouvido e sai pelo outro. Não quer aprender, pronto acabou. Claro, as vezes as pessoas não tem consciência das suas atitudes e não abraçam as oportunidades por puro desleixo. Não deixa de ser burrice, mas é mais perdoável pois é "sem querer querendo". A vida é feita de oportunidades, e tantos não a tem. Receber informações, aprender, é um bem muito precioso. O mundo não é fácil, e é ainda pior para quem é burro. A burrice comportamental. A preguiça intolerável. Lá vai a burrice...com a "cabeça enfeitada".

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A gripe bateu na porta

Faça chuva ou faça sol a gripe me persegue. E quando vira o clima, ela chega de surpresa para me visitar. Visita indesejada que teima em chegar e se alojar, e ainda trás a asma de companhia. E mesmo que eu bote a vassoura atrás da porta ela só vai quando quer. Imunidade baixa que me persegue desde a infância. Moleza e o nariz eternamente vermelho. Vitamina C, Vick, limão com mel e a enterna bombinha de asma. Mas ela só vai quando quer, uma folgada. Vai de reto gripe de um figa!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A irônica leveza do ser

Ando aprendendo a duras penas que ser irônico quase sempre é a melhor opção. Não uma ironia grosseira, agressiva, falsa. Uma ironia fina e hermética. Uma ironia de rir com simpatia quando se quer rir do ridículo. Tratar ainda melhor algum desafeto por uma questão de sobrevivência, claro, com um toque de ironia. Irônico como rebolar no meio de um show de heavy metal. Ironia com um toque suave de entrelinhas, entenda ser puder ou quiser. Sem mordaças, pudores ou mesmo sarcasmo. E é covardia não permitir a ironia alheia, eu permito e retribuo. Sem acidez ou rancor. Porque a ironia nada mais é que uma ofensa disfarçada num sorriso.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Preciso

Preciso. Paciência com quem só faz atrapalhar. Paciência para não me irritar com a lentidão das pessoas. Paciência para esperar o que teima em atrasar. Paciência para emagrecer quilo após quilo. Paciência para aguentar essa calor escaldante. Paciência para esperar o amor da minha vida. Paciência para não mandar as pessoas maldosas do meu trabalho tomarem no cú.
Preciso. Ter um ovo. Um saco com hidrocele batendo no joelho para ter paciência.
Não tenho ovo, mas tenho mente.

domingo, 4 de abril de 2010

Quem sou eu?

Ando existindo. Eu sou. Existo e não deixo barato. Vou fundo em tudo que me disponho a fazer. Eu faço e minha cabeça teima em desfazer. E repito os erros até acertar. Eu ando de ônibus, dou largos passos pelas ruas, deito na minha cama e penso alto. Eu sou alta. No alto dos meus sonhos. E ponho meus sonhos num altar. E rezo por eles. Eu passo pelas mesmas ruas todos os dias, e sempre sou outra. E as ruas continuam as mesmas. E não crio raízes no chão. Enraizada estou nos meus pensamentos. E o meu mundo não acaba em lugar nenhum. Nem dobra a esquina. Eu pressuponho quem sou eu, mas nem eu mesmo sei. Sou aquela da foto 3X4 de cara séria do RG. A simples existência sou eu, e essa é a minha esfera mais profunda. Eu posso fazer um gesto. Então posso dizer: “Quero dizer isso” e nem querer dizer. Me contradizer. Eu posso mostrar o corpo. Posso me cobrir de vergonha. E rir. "Eu sou", é só útil para esclarecer, apenas um símbolo linguístico. Consciência não contaminada, nova, virgem, castra. Eu sou o que quero ser.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pausa

Ando sem inspiração. Sem palavras e sem gritos. Venho preferindo o silêncio. A imaginação sem expressão. O riso dos outros. O meu riso implícito. Uma pausa. Palmas para mim.