segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sempre Clarice...

"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro"
Clarice Lispetor

domingo, 13 de junho de 2010

"A fé significa crença no desconhecido, a serena convicção de que, embora você não possa imaginar como, em algum momento, em algum lugar, e da maneira correta, aquilo que você deseja irá acontecer."
Eu acredito nisso...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sim, eu te espero

Esperando as palavras. Vocábulos perfeitos que saltam aos olhos. As esperadas e as inesperadas. As que avidamente a gente espera, espreita até que de repente caem como fruta madura. Persigo algumas palavras. São tão imprescindíveis que queria poder guardá-las não só na memória mas abraçá-las como um velho amigo. Agarro-as no pulo quando chego mansinho e capturo-as. Sinto cada letra como uma brisa no rosto. E então as revolvo, agito-as, bebo-as e liberto-as. Levo na mala. Levo tudo, todas as palavras ditas e escritas. Tudo está na palavra. Tudo se multiplica. O zelo. Peso. Selo. Sono. O pulo. O grito. Novo solo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Clariceando

"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever".

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Espera do sim

Fui tecendo, costurando, até que vesti o desejo. Acalentei planos no meu colo e ninei. Pedi aos céus. Confiante, não desci os degraus do sonho e nem deixei resignar-me as concessões. Partilhei esperanças. Santa Clara clareou. Resposta. Ai quem me dera, terminasse essa espera. Expectativa do que eu já sei. Sinto. Espero, por fim, que a ansiedade se recolha. E que venha o êxtase num grito - nós conseguimos!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Diferença das diferenças

É importante que cada um tenha as suas idéias formadas, mas é ainda mais importante ser flexível o bastante para ententer o outro, concordando ou não. É preciso (re)conhecer a diferença, principalmente nos relacionamentos onde as discordâncias são tomadas como coisas erradas. É preciso ter um olhar amplo. Nossos objetivos de vida são nossos e particulares, porque neles existem uma história, de avanços e de recuos, até que eles se desenvolvam dentro de nós, e assim somos todos diferentes. As vezes damos a conotação de diferente a algo que nós mesmos fazemos, e julgamos sem olhar para nosso próprio umbigo. Até nas amizades mais intensas, ninguém tem o direito de magoar o outro e apontar as diferenças, pelo "direito adquirido" da severa sinceridade da intimidade. É preciso lembrar que a intimidade começa no respeito. É melhor calar e entender. Afinal, quem tem o poder de decidir o que é certo ou errado?
Eu sei, eu bem sei que é um desafio enorme conviver com as diferenças e eu sou a prova viva de tudo que acabei de falar. Mas, a vida vem me ensinando a ponderar e ver a diferença como algo estimulante. Fui desafiada algumas vezes e vivi situações com pessoas de ritmos e perfis diferentes do meu jeito, e aos trancos e barrancos fui aprendendo a lidar. O que vem acontecendo comigo é que nem sempre o saldo desse aprendizado é positivo, ouvi algumas vezes nos últimos tempos que essa consciência da diferença é omissão. E não é, chama-se tolerância. Respeito as diferenças.