terça-feira, 29 de setembro de 2009

"Caminhos que me levam, não tem sul nem norte..."


Interessante os rumos que muitas vezes damos à nossa vida. Por vezes deixamos coisas lindas para trás, e muitas outras fazemos coisas que nem desejamos lembrar. Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado de um amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos com ele e não tivemos, por todos os shows, livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados. Sofremos, não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo de infância, para nadar, para namorar, para tomar um café com as amigas. As vezes ficamos tristes, não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias e ela estivesse interessada em nos compreender. Nos lamentamos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar até hoje. Mas, de que vale a vida se o caminho não for tortuoso? Se tudo fosse fácil nós não daríamos o valor devido. Reclamamos na hora, mas depois compreedemos. Nós temos que levar quedas na vida porque é muito gostoso a sensação de "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima..." A vida é assim, a gente sempre fica na dúvida, é direita ou esquerda? E vamos...Se errar, volta tudo e recomeça. Afinal, esse é o caminho. O nosso caminho.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Chega de Saudade ♪

Vontade de falar sobre a Bossa...tema do meu blog, mas que a tempos não escrevo sequer uma linha sobre as músicas que não canso de ouvir.

As vezes páro é penso, acho que nasci na época errada. Para alguns críticos a Bossa Nova teve início em meados de 1958, ou seja, minha mãe tinha apenas 3 anos e eu coitada, nem sonhava em existir. E, de onde veio esse interesse por uma manisfestação musical tão antiga? Sinceramente, acho que foi das músicas de Toquinho que ouvia na minha infância, daí fui procurando mais coisas dele, e veio Vinícius, João Gilberto e aí foi...Tenho uma prima também que tocava violão para mim e a partir daí chego a me arrepiar com o som das cordas de um violão, mesmo não tendo vocação nenhuma para tocar. Lembro também que na minha adolescência fiz amigos que também adoravam Bossa, tocavam violão e declamavam os sonetos. Boas lembranças da época que a nossa bebida era run com coca-cola, e virávamos a noite cantando músicas de amor, enquanto os demais adolescentes faziam rodinhas para cantar Legião Urbana. Não que eu não goste de Legião, mas que era diferente, era sim, um grupo de boêmios em formação no auge da adolescência cantando "Chega de Saudade"...

Sou completamente apaixonada pela música que mistura o jazz e o samba. Que fala de amor e de dor. Que traz a boemia com classe. Que traz as letras mais bonitas da música popular brasileira.

domingo, 20 de setembro de 2009

Eu vivo


Hoje entendo que a ansiedade é desnecessária pois não sabemos as verdadeiras razões dos acontecimentos. Começo finalmente a entender que o sofrimento é causado por nós mesmos. Falo por mim, que sempre fui alguém ansiosa, que sempre viveu em constante busca. Busca de quê? Sempre de coisas humanamente inalcansáveis. O presente está aí para ser vivido com todas as suas minúcias, e nessa busca incansável de melhoras e no automatismo do dia-a-dia você deixa de perceber as belezas que tem as horas. Acomodar? Jamais! Querer sempre o melhor, é uma constante. Mas, sem angústia, sem apego. Fazer sempre o bem, que no bem viverá. Assim como um click, vi o quão grande foi o tempo que perdi cultivando a ansiedade.

Falo por experiência prórpia, a falta de emprego que por tempos chorei e me lamentei, tinha que ser vivenciada naquele momento, algo eu tinha que aprender e ensinar. Mas, eu poderia ter encarado tudo com mais serenidade nessa fase, um dia as coisas voltariam inevitavelmente a ser como antes, como está agora. Afinal, ninguém fica desempregado para sempre. Na vida emocional a ansiedade também me atrapalhava bastante. A alguns meses "perdi" alguém que amava. Sofri demais, como nunca nessa vida. Talvez nem eu imaginasse que o amava tanto. Hoje, mesmo ainda sendo pouco tempo depois, páro e penso - Para quê tanto sofrimento se eu não estava feliz? Durante meses antes do fim desse relacionamento, eu tinha certeza que algo tinha mudado entre nós, e que eu não estava feliz. Apegada ao amor de posse. Apegada ao hábito de tê-lo ao lado. Apegada a esperança de tudo voltar a ser como no início. Apego, esse é o nome do que vivi. Era amor sim, e na minha memória e alma sempre viverá. Mas, era um amor perdido, um amor sem fundamentos, um amor sem recíproca. Hoje, passei a entender o amor de uma forma real, sem fantasias. Não de uma mulher para um homem. De dentro para fora. Algo como: "Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar" . Me pergunto - Para quê ter chorado e se culpado tanto com o fim desse relacionamento? Ele tinha que acontecer, como os outros. A história se desfez. Eu não posso viver um passado já morto e um futuro que ainda não existe. Na minha história, provavelmente eu ainha tenho que ter novas experiências, conhecer novas pessoas. Ou, mais dia menos dia, alguém importante vai entrar na minha vida, ou alguém do passado voltará. Não sei, a gente nunca sabe...a única coisa que sei é que ninguém fica sozinho por muito tempo. E, eu não vou ficar. As fases foram feitas para serem vividas, e encerradas. Então, para quê ansiedade? É esperar que algo sempre acontece nas nossas vidas.

É, eu perdi bastante tempo dando asas a ansiedade, a angústia que chegava a doer no peito. Mas, nada de me lamentar. Sorte minha eu ter percebido a tempo que estava indo pelo caminho errado. Feliz por ter vindo nessa existência com saúde, oportunidades, inteligência, um bom coração e inúmeras outras coisas. Sou realmente uma privilegiada. Entrego a minha vida nas mãos dela, e simplesmente vivo!
Ando tendo uma forte sensação de mudança. O que será que está por vir? Sem ansiedade, aguardo o desenrolar dos novos fatos.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O que é meditação?


A meditação consiste na prática de focar a atenção, freqüentemente formalizada em uma rotina específica. É comumente associada a religiões orientais. Há dados históricos comprovando que ela é tão antiga quanto a humanidade. Não sendo exatamente originária de um povo ou região, desenvolveu-se em várias culturas diferentes e recebeu vários nomes, floresceu no Egito (o mais antigo relato), Índia, entre o povo Maia, etc. Apesar da associação entre as questões tradicionalmente relacionadas à espiritualidade e essa prática, a meditação pode também ser praticada como um instrumento para o desenvolvimento pessoal em um contexto não religioso.


Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Criar


Será que a capacitadade de criar é um dom nato? Não!

Uma pessoa cria quando concebe em sua mente algo que nunca viu, ouviu ou sentiu antes. Essa definição que citei agora, ignora o fato de a criação ser útil ou não para algum propósito ou para resolver algum problema. É um dom desenvolvido com a prática, com o tempo. Claro que alguns são mais pré-dispostos a ser mais criativos. Mesmo assim, tudo nessa vida pode ser desenvolvido, até a capacidade criativa.

Na minha leiga análise, vejo que a criatividade pura é um ato mental, que consiste em última análise da capacidade de combinar sons e imagens de forma subjetivamente nova, independentemente de qualquer conexão lógica com o mundo exterior, com as nossas experiências. Ela desloca os aspectos novidade e originalidade, beleza, utilidade, veracidade, viabilidade e implementação para um segundo momento. Criar é um ato pessoal e subjetivo, e não têm necessariamente que servir para alguma coisa, como solucionar um problema, dar retorno financeiro, serem maravilhosas e belas, nada disso.

Eu sempre adorei criar, desde criancinha. O debruçar sobre os papéis e passar horas desenhando, era minha rotina. Sempre gostei do original, mesmo não sendo algo completamente novo para outros, sendo para mim, já fazia a diferença. As letras, nem se fala. Brincar de ser jornalista, fazer jornalzinho e imitar a repórter da TV, era uma diversão. Adoro escrever até hoje, acho que deu para perceber (risos). Me interesso bastante por moda, a forma com que as pessoas se comunicam através da roupa, e isso também reflete no meu visual.

Conclui cá pensando com meus botões, que uma vez que todos nós humanos, temos a capacidade de processar imagens e sons de formas variadas na mente, todos nós temos a capacidade da criatividade pura. Todos nós somos criativos por definição, por construção. Um exemplo de criatividade muito desenvolvida na nossa cultura é a lingua, todos praticamos desde criancinhas a combinação de palavras, usando regras, para atingir objetivos do tipo comunicar idéias e influenciar pessoas para conseguir o que queremos. E isso as criancinhas fazem bem.Não me dispus a pesquisar sobre isso, mas a palavra criança parece derivado de criar, deve sim fazer parte do contexto, pois essa característica é uma coisa infantil. Precisamos ser sempre infantis para ver a vida de forma mais criativa.
Sendo potencialmente criativos, talvez as únicas coisas que nos impeçam de criar mais sejam não acreditar nessa possibilidade ou simplesmente não ter um motivo para fazer isso. Ou desejo. Eu aconselho a todos a CRIAR, algo gostoso e único.

Não sou publicitária, mas como comunicadora também me interesso bastante por essa área, onde a criatividade é a alma de todo trabalho. "A publicidade é uma das formas mais interessantes e difíceis da literatura moderna" de Aldous Huxley, essa frase sobre publicidade que tem tudo a ver com o contexto do que acabei de escrever sobre criativade. No mundo cosmopolita, criar é quase como respirar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Livre para pensar


Ontem foi um dia positivo. Ou melhor, "auspicioso". Fui a noite para uma palestra com o Lama Padma Samten, no Memorial de Medicina com a temática de educação nas perspectivas budistas. Um tom pacífico sobre educar e se educar.

Ando lendo e aprendendo sobre os preceitos budistas e me identicando bastante. Apesar de ainda me considerar muito leiga no assunto, pois as práticas milenares trazem muitas minúcias e uma elevação espiritual ainda distante de mim, da minha atual realidade, ando tendo a sensação de encontro. Algo que me atrai bastante é a prática da meditação, um momento com você mesmo, a calma que precisa existir em nós para enfrentarmos o turbilhão que é a vida moderna, um silenciar da mente onde existia antes um "tagarelar mental".

Venho tentando meditar todos os dias, pelo menos 5min, até porque ainda não é fácil silenciar a mente por muito tempo. Os pensamentos vêm em disparada, se misturam...Até eu adaptar minha mente a ser mais comedita. A ser menos "faladeira". Mesmo sendo algo recente, sinto um discreta diferença. O tempo entre o pensar e agir, de forma impulsiva, está sendo levemente mais longo.

Algo que também venho me identificando são as palavras sobre o desapego. Não só o desapego material, que é difícil de se livrar por completo nesse mundo cosmopolita, mas também o dos sentimentos e a nossa existência quanto seres humanos. Não que nós não possamos amar, mas sim amar de uma forma livre, sem sentimentos de angústia e posse. Ver a vida de uma forma mais leve, onde tudo é mutável e temos que ter tranquilidade para entender que as coisas vão e vem, na sua complexa e maravilhosa pluralidade.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sem querer, eu insisto...


É consciente a insistência no erro. Sempre foi e ainda é. Mas, o coração não sabe o que são erros ou acertos, ele simplesmente segue os instintos. Ele insiste em persistir sem o entendimento. O meu coração não sabe sentir mágoas e nem sequer raiva. Ele perdoa e espera. E, a mente o segue. Os pensamentos não conseguem voar como antes. Eu penso sem sonhos, vivo os momentos com dureza, logo eu que sempre fui leve, e agora me pego sem permitir deixar que coisas novas entrem e furem o bloqueio. O pensamento simplesmente insiste em ficar estagnado, inerte, sem pluralidade, sem grandes e reveladoras experiências. Não, não é isso, as lembranças dos fatos passados não são nada, não existem mais, nem nunca existiram. O que existem são as múltiplas recordações desse fato. Redundante é a insistência. Redundande sou eu, que Insisto em acreditar que tudo voltará a ser como antes. Presa a insistência. E, solta para mudar tudo isso. Eu quero mudar. Ando tapando os ouvidos para não ouvir tanto blá, blá, blá...uma insistência sem fim.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Prazer, meu nome é arroz.


Assim como o arroz, o profissional de Relações Públicas é esteriotipado como acompanhamento. Acompanha os eventos profissionais e está sempre ali, discreto, mas presente. Acompanha o assessorado, as vezes sem graça mas ao lado.
O arroz tem que ser soltinho, assim como nós, os RP's. Sempre fazendo novos parceiros e dando um ar sofisticado por onde passamos.
Se tiver faltando qualquer coisa, bota o arroz. Ele serve. Ele satisfaz. O arroz passeia por vários pratos, do nordestino ao japonês. O Relações Públicas passeia por vários públicos, do mais humilde ao cheio de frescuré.
Tem quem ache que o arroz quer roubar a cena, virando rizoto de todos os tipos e sabores. E em alguns momentos ele mata de inveja os outros acompanhamentos que acham que ele quer aparecer mais que o prato principal. Assim, como os Relações Públicas, sem querer aparecem mais, são mais visados, e matam de despeito alguns desavisados que não entendem suas atribuições. Mas, é só por ser assim, limpo, solto, fácil, nada é de propósito.
Alguns profissionais de Relações Públicas se incomodam ao serem chamados de "arroz de festa". Eu não me incomodo, sei que a profissão tem muito mais atividades, mas essa é sim a que mais chama atenção. Então, que chamem...façamos o nosso trabalho e ponto final.
E dizem que o arroz é sem graça. Mas, quem acompanha os melhores pratos?
Prazer, meu nome é arroz.