terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Até um dia, até talvez, até quem sabe..."

Nós podemos ir embora e nunca mais ser os mesmos. Podemos lembrar todos os dias, mas é como despedir-se novamente com um abraço apertado. Podemos voltar e nada ser como antes. Podemos até ficar para que nada mude, mas aí fica tudo simples demais. Podemos ter dúvidas e certezas. Podemos esperar, e esperar não significa inércia e muito menos desinteresse por outras coisas e pessoas. Podemos desconfiar do destino, mas acreditar em você mesmo. Podemos por instantes pensar que é tudo difícil demais, mas os idéias negativas páram, cansam e dormem. Podemos ter vivido muitas histórias, mas tem coisas que fazem tudo parecer novo, único. Podemos ter os pés fincados no chão, e quando percebemos estamos flutuando nas nuvens. Podemos ter muita vontade de mudança, e descobrirmos que a mudança está dentro de nós. Podemos escrever muitas banalidades, mas é a língua que o sentimento usa para dizer o que sente e o quanto sente. Podemos não ter pressa nenhuma, e ao mesmo tempo ter uma pressa enorme de respostas. Podemos cismar que se está apaixonado, e estar longe de ser loucura como dizem. Podemos parecer imaturos por vivermos algo que parece sem sentido, mas não ligamos porque sentimos que o sentido existe. Podemos ficar ansiosos quando se falta muitos minutos para o que quer que seja. Podemos tentar fugir da lembrança para acontecer de novo e não conseguimos. Podemos querer estar perto, mas não conseguimos. Podemos até sentir saudade, mas não deixamos a tristeza que vem com ela se aproximar, só a alegria dos momentos vividos e a expectativa de quem sabe vivê-los novamente.

Um comentário:

disse...

Esta eterna confusão, descobertas às vezes simples, outras mais completas.
Viver é isso aí