terça-feira, 19 de janeiro de 2010

No passado ou no presente


Dizem que tudo na vida tem dois lados. Um bom e outro ruim. Depende nos olhos de quem está a pimenta. Mas se tem algo realmente dúbio para uma única alma é um troço chamado saudade. Com ou sem pimenta nos olhos. O dito popular é quem melhor traduz a dualidade de uma saudade quando diz que esta é a maior prova de que o algo valeu a pena. Em todos os pontos de vista, sentir a falta é bom e ruim. É a felicidade retardada. É sentir falta de detalhes, do cheiro, da voz, do toque...

Ter saudade dele é imaginar onde deve estar e o que faz nesse instante. Se está bem agasalhado. E quando a saudade não cabe mais no peito, se materializa e transborda em palavras. E, isso é o que venho fazendo, usando as letras para expressar o que estou sentindo. A gente é saudade, eu sou. É a espera para encontrar o olhar da pessoa em cada improvável esquina, confundir cabelos, bocas e perfumes...mas aguardá-lo na memória. Um súbito sentimento que deixou a falta. E a espera que em breve essa tal saudade seja assassinada, sem dó e nem piedade, a queima roupa. E pedir a vida que abrevie o tempo...

A saudade é olhar pra trás sem voltar, mas ficar feliz com o que viveu. É mudar radicalmente a rotina porque se passou a pensar nele. A saudade que eu sinto é a inconfortável expectativa de um reencontro, que talvez não aconteça... porque mesmo a saudade sendo feita para doer, às vezes percebemos que ela é o meio mais eficaz de enxergar o quanto sentimos alguém, no passado ou no presente.

2 comentários:

Vanessa Maciel disse...

Karlinha, vulgo, inspiração! kkkkkkkkkkk

beijinhoss

Karla disse...

Realmente, algo vem me inspirando...