quarta-feira, 29 de julho de 2009

"Fazer o bem, sem olhar a quem."


O trabalho social tem ideais de igualdade e carácter humanitário, buscando participar de forma efusiva e dando dignidade a uma determinada comunidade, instituição, ou mesmo de forma individualizada. Você pode questionar que é bem bonito na teoria, mas que isso deveria ser um papel dos órgãos governamentais e que nós, simples membros da sociedade não temos o dever de tomar tais atitudes e nem somos culpados por essa situação. Mas, e como ficam as pessoas que vivem em situação de risco? Sem um suporte do poder público, sem emprego, sem perspectivas, sem comida, sem saneamento básico, sem saída. Elas não tem culpa do país ter crescido desordenadamente e não ter estrutura para dar suporte a tanta gente. Elas não tem culpa de muitos de nossos políticos não se comprometerem com a causa social. Elas não tem culpa dos da crise mundial. Elas não tem culpa de alguns donos do poder embolsarem o dinheiro do leite e não serem condenados por isso. Elas não tem culpa de na sua comunidade não ter saneamento, ou mesmo, de nas suas casas não ter sequer um banheiro e muito menos, água. Elas não tem culpa por não ter o direito a uma escola de qualidade e não poder sequer concorrer em um vestibular. Elas não tem culpa de ter as drogas na porta de suas casas corrompendo seus filhos, aqueles mesmos que são barrados no vestibular. Elas não tem culpa por passar horas na fila esperando um médico para atendê-las em um hospital público. Elas não tem culpa de morrer por falta de atendimento médico.

E, de quem é a culpa? A culpa é de quem procura um culpado e não toma a iniciativa de fazer alguma coisa pelo outro. Se você tem seu conforto, uma cama quentinha, travesseiros e um teto seguro sobre sua cabeça, lembre-se que tem lugares que até 5 crianças dormem amontoadas num colchão de solteiro no chão duro e gelado. Se você tem várias opções no almoço, tem pessoas que comem quando tem, independente do horário. Se você passa mal por ter exegerado na comida, tem pessoas que sentem dor de tanta fome.

Não falo tudo isso para fragilizar ou dramatizar, mas quem teve a oportunidade de entrar em comunidades extremamente pobres sabem do que estou falando. Jovens e crianças drogadas e sem perspecitivas, grávidas adolescentes com suas saias curtas sem saber o que fazer com seu filho depois de nascer, pessoas sentadas nas calçadas sem trabalho e sem dinheiro, crianças sujas descalças no chão batido com barrigas enormes de verminose. E, tantas, tantas coisas absurdas de ainda acontecem em pleno século XXI.

Espero meus amigos, que ao ler esse texto. Você deixe a sua confortável inércia e ajude alguém. Não tenham medo, eles são pessoas exatamente iguais a nós, tem necessidades físicas e emocionais.

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