segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A casa

Eu vi uma casa ideal para nós dois. "Não tinha teto, não tinha nada", como na canção infantil. Mas, cabia nós dois, nossos livros e cd's. A nossa cadelinha peluda e manhosa. Os violões e as garrafas de uísque barato. Ela cabia nos nossos sonhos. Escorregava dos nossos bolsos. E aquela casinha fantasiada de apartamento não saiu mais da minha cabeça. Martela os filmes com pipoca amanteigada na sala. Os convidados indesejados com vassouras atrás da porta. O tapete de palha na entrada, as plantas, os quadros nas paredes. Que "ninguém podia dormir na rede porque na casa não tinha parede", que ainda não eram nossas para pendurar a foto da família. Teima na cabeça a privacidade. O nós dois e nossas sombras, somente. A rotina disfarçada de beijo de despedida toda manhã. As cabeças deitadas na mesma cama compartilhando os mesmos sonhos. O filho correndo pelos corredores fugindo da salada no almoço. A roupa suja para lavar. O amor pela manhã. O beijo de boa noite. Eu vi uma casa ideal para nós dois. E é lá que eu quero morar ao seu lado.

Um comentário:

Caco disse...

Assim , eu vou endoidar!! Amor te amo!!


Obrigado, pela homenagem ao nosso futuro lar!!