domingo, 12 de setembro de 2010

Nem começo, nem fim

No meu coração não habita mais o silêncio – ele ama. Não, já não mando mais em mim. E aqui dentro, eu não sei mais se é noite ou se é dia. O amor cumpre a sua verdade, alheia à transparência do medo. Apenas recolho o que em mim observo e não lembro sequer o que outrora existia. Prefiro acreditar que o passado eu amargamente inventei. Abandono a submissa rebeldia e me permito sentir. Nem começo, nem fim. A vida gira no seu interminável fuso. Abro a porta e me arremesso nos braços dele. E o amor – real e possível – volta a fazer parte dos meus dias.

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